seguindo avante
antes da nova estação
depois do fim do verão
é sempre tempo de amar
porque o tempo cobra
os afetos ausentes
os medos inclementes
e a dor inútil
mas nos devolve com juros
todo gesto amigo
e todo expor ao perigo
depende qual a escolha
e eu hei de prosseguir
sem tirania das bússolas
sem mapas escondidos
sem máculas na mente
deixando que o vento leve
e que venha a chuva e lave
toda a nudez da alma
e me deixe navegar...