auto-resgate
as asas me levavam
de roldão
toda vontade sucumbia
refém das fantasias
e escrava da paixão
pouco
já não me importava
à contramão
todos os sonhos diluiam
em náusea à maresia
num mar de escuridão
nada
a não ser todas as águas
os cântaros
as mágoas
e a desilusão
rima
uma volta por cima
perdôo meus fracassos
e rompo com esse laço
resgato a estima
mergulho no meu povo
e assim me faço novo
o que já fui não quis
queria ser quem sou