formigueiro
Não é por falsa humildade que afirmo saber muito pouco entre todos os saberes, – é mera constatação. E mais, do pouco que sei, a maioria das coisas assustam ou esmagam por revelar o meu real tamanho diminuto. Formigo interiormente, formigam as minhas mãos, o sangue foge formigante nas veias. Me sinto uma formiga em lerdo movimento e vou arrastando um nada que pra mim é folha enorme tombando ora para lá ora para cá - refém do ondulante movimento ou sob o sopro de qualquer vento. Como ela, me lambuzo em doces e traço folhas verdes – mas também me diferencio pelo instinto carnívoro e soçobro à inclinação autodestrutiva me desmontando pensativo em muitas peças mentais que nem sempre se reencaixam. Isso, por vezes, faz de mim triste figura. Então suo, tremo e formigo. Mas, incansável igual a ela, vou insistindo quixotescamente e retomo a caminhada, vergado à folha da vez...
2 Comentários:
Às 10/5/08 14:20 , Ana Beatriz Frusca disse...
Nunca sabemos o suficiente, há sempre um assunto que surge a ser descoberto, e até quem sabe muito, sabe pouco.
Beijos.
Às 11/5/08 14:51 , Anônimo disse...
http://www.faraway.blogger.com.br/
"Quando a gente acha que já viu/viveu de tudo..." - ainda bem que é assim.
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