segredos
Expandindo o pensamento anterior, quero explicitar melhor outras nuances daquilo que entendo por verdade. Ela é certamente a mais cobiçada virtude que almejo e cultivo. Entretanto engloba também meus segredos, sem os quais a privacidade - outra exigência vital - seria impensável e impossível. Não deixo de ser verdadeiro quando omito uma ou mais facetas da minha personalidade - especialmente quando não gosto delas ou quando a hipocrisia social as tem por condenáveis. Tenho impulsos, tendências, prepotências e mazelas em relação às quais não teria sentido sair por aí fazendo propaganda. Além daquelas coisas que definitivamente não convêm expor e revelar, existem defeitos para os outros que para mim são virtudes, mas que as regras da boa convivência recomendam que não se as propague, porque, admito - e é verdade, - aspiro também a aprovação social. Um exemplo é quando se tem consciência de possuir determinada qualidade sobre a qual em momento algum se deve pronunciar a respeito porque há uma convenção de que elogio em causa própria é vitupério. Não ficou claro?! Então deixa pra lá... mas é mais ou menos isso. Ser verdadeiro, pois, para mim, não significa viver virado ao avesso arrotando verdades inconvenientes. Ser verdadeiro é uma coisa interna que interessa ao indivíduo como pessoa e que, evidentemente, se torna manifesto em suas atitudes exteriores. Por isso, embora tendo um perfil mais transparente que misterioso, sei respeitar e conviver muito bem com os segredos - os meus e os alheios.
1 Comentários:
Às 11/4/08 07:21 , Ana Beatriz Frusca disse...
Sempre ouvi de minha mãe uma sábia frase: se é segredo não conte!
A verdade é relativa e mutante, já que estamos sempre nos reciclando, mas com certeza, essa é uma constataçao interna.
Bom dim de semana, tio!
Bjuxxx.
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial