non sense indolor
Tendo tudo por fazer eu nada faço a não ser da tua gota o meu orvalho e do teu calor meu agasalho. Vou tirar carinhosamente o eu de ti e desnudar-me todo inteiro à tua frente. Assim serei o teu capacho e capricho e estarás comigo enquanto me deleito no teu pranto, no teu peito, no teu canto, no teu esvair-se em mim. Não vão nos roubar a cena e nem o doce da açucena as quais atentas abelhas desenvoltas sobrevoam enquanto ninguém nos vê. Palavras são só brinquedos esquecidos escolhidos torneados aos sentidos de quem escreve e quem lê. Não sei o que há detrás da porta que às vezes não comporta o meu silêncio incontido, então me expresso em gemidos, sussurro versos doídos, balbucio sem sentido até a dor não doer...
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial